Tipos de Personagens: Protagonista, Antagonista, Secundário e Outros com Exemplos

O pleonasmo é uma figura de linguagem da língua portuguesa que consiste na repetição de uma ideia já expressa por outra palavra na mesma oração. Em muitos casos, essa repetição é considerada viciosa, ou seja, desnecessária e redundante, prejudicando a clareza do texto. Porém, em certos contextos, o pleonasmo pode ser usado de forma intencional e estilística, enriquecendo a expressividade da linguagem.
Entender como e quando usar o pleonasmo é essencial para quem deseja se comunicar com precisão e elegância, seja na escrita formal, criativa ou na fala do dia a dia.
Existem dois tipos principais de pleonasmo na língua portuguesa: o pleonasmo vicioso e o pleonasmo literário (ou estilístico). Conhecer a diferença entre eles é fundamental para aplicar corretamente essa figura de linguagem.
O pleonasmo vicioso ocorre quando a repetição é desnecessária e empobrece o discurso. Esse tipo de pleonasmo deve ser evitado, principalmente em contextos formais e acadêmicos.
Subir para cima
Entrar para dentro
Sair para fora
Hemorragia de sangue
Gelo frio
Elo de ligação
Conviver junto
Essas expressões repetem ideias óbvias e, por isso, são consideradas erros de linguagem.
Diferentemente do vicioso, o pleonasmo estilístico é usado de forma consciente por escritores, poetas ou oradores para reforçar uma ideia, enfatizar uma emoção ou dar ritmo à fala ou ao texto. Neste caso, a repetição tem valor expressivo e pode ser considerada válida e até sofisticada.
“E rir meu riso e derramar meu pranto.” (Vinicius de Moraes)
“Vi com meus próprios olhos.”
“Chorou lágrimas de dor.”
Perceba que, nesses exemplos, a repetição contribui para o efeito poético ou emotivo da mensagem.
O uso indevido do pleonasmo pode passar a impressão de falta de domínio da norma culta da língua portuguesa. Em textos formais, como redações, relatórios, artigos científicos ou jornalísticos, é importante evitar repetições desnecessárias para garantir clareza, concisão e objetividade.
Além disso, o pleonasmo vicioso pode tornar a comunicação cansativa, redundante e até confusa para o lei
tor.
Para identificar um pleonasmo, é importante analisar se as palavras usadas estão acrescentando novas informações ou apenas repetindo algo que já está subentendido.
Dica prática: Pergunte-se se a frase faz sentido ao remover uma das expressões. Se o sentido se mantiver, provavelmente há um pleonasmo.
Exemplo:
Frase: “Ela retornou de volta para casa.”
Sem a repetição: “Ela retornou para casa.” (A palavra "retornou" já indica "voltar".)
Aqui estão alguns pleonasmos frequentes que devem ser evitados:
Expressão Redundante Correção Recomendada
Acabamento final Acabamento
Detalhes minuciosos Detalhes
Há anos atrás Há anos
Planos futuros Planos
Meta principal Meta
Repetir de novo Repetir
Resultado final Resultado
Essas expressões muitas vezes passam despercebidas na fala cotidiana, mas precisam ser corrigidas em contextos mais exigentes.
Como já mencionado, o pleonasmo pode ser bem-vindo quando utilizado com intenção estética ou enfática. Escritores e poetas se valem desse recurso para criar musicalidade, intensidade emocional ou ritmo.
Use com moderação;
Certifique-se de que a repetição tenha uma função expressiva;
Evite em textos técnicos ou acadêmicos;
Use em poesias, músicas, discursos ou literatura criativa.
A resposta depende do contexto e da intenção do autor. Em ambientes formais, o pleonasmo é geralmente visto como um erro a ser evitado. Porém, na literatura, na música e até na publicidade, ele pode ser um recurso valioso para tocar o leitor ou ouvinte.
Portanto, conhecer a natureza do pleonasmo — e saber distinguir seu uso vicioso do uso estilístico — é um sinal de domínio da língua portuguesa.
O pleonasmo, quando mal utilizado, compromete a qualidade da comunicação. Porém, se usado com intencionalidade e criatividade, pode ser uma ferramenta poderosa para reforçar ideias e provocar emoções.
Aprender a identificar, evitar ou aplicar o pleonasmo da forma correta é um passo importante para quem deseja escrever e falar com mais clareza, estilo e impacto. Domine essa figura de linguagem e destaque-se no uso consciente da língua portuguesa.
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